Braga para Todos apela a bracarenses que retirem maioria a Ricardo Rio

O movimento político independente Braga para Todos “pede aos bracarenses que retirem a maioria a Ricardo Rio”, o presidente da Câmara Municipal de Braga, por causa da Feira Semanal de Braga, que continua a interromper todas as semanas a Estrada Nacional 101.

“Braga para Todos pede aos bracarenses para não darem novamente a maioria a Ricardo Rio, para evitar o que aconteceu com a Feira Semanal de Braga”, refere em comunicado esta terça-feira o Braga para Todos, depois de acompanhar um dos muitos comerciantes defensores que a feira volte ao atual Altice, “tal como mais de metade dos comerciantes que trabalham na Feira Semanal de Braga, situada agora no meio da Estrada Nacional 101, no sopé do Monte do Picoto e nas imediações do Estádio 1º de Maio”.

“O objetivo do Braga para Todos foi entregar a petição assinada por cerca de 60 por cento dos feirantes ao vereador socialista Artur Feio e pedir apoio ao PS, que sempre defendeu a continuidade desta feira no recinto exterior do antigo Parque de Exposições de Braga, agora Altice Fórum”.

Segundo Cláudia Machado, membro do grupo político independente Braga para Todos, que esteve na reunião camarária, Artur Feio interpelou na ocasião Ricardo Rio, “mas este autarca continua a agir como se a cidade fosse um negócio seu”.

Por sua vez, Artur Feio interpelou o presidente da autarquia bracarense, Ricardo Rio, sobre a contínua incerteza da situação dos feirantes de Braga e se voltarão ou não, para o parque do Altice Fórum”, na cidade de Braga.

“Artur Feio acusou ainda edil de estar a manter uma situação terceiro-mundista e cobrar taxa aos feirantes, situação que acaba por fazer descriminação entre os feirantes, porque uns estão isentos e outros têm de pagar”, acrescenta aquele movimento da sociedade civil.

O Braga para Todos referiu também “que muitos dos feirantes decidiram já abandonar a feira semanal, enquanto a Câmara Municipal de Braga não toma decisões, por falta de condições e porque a clientela diminuiu e não é rentável, ou seja, Artur Feio, o Partido Socialista e qualquer bracarense vê o óbvio, menos Ricardo Rio”, disse Cláudia Machado.

“Estrada Nacional 101 fechada”

Sobre a estrada nacional fechada, “outra das questões levantadas pelo Braga para Todos, que se traduzem em custos para a autarquia, Ricardo Rio respondeu que é temporária, que os feirantes têm desconto e os que estão na terra batida têm isenção nas taxas, tendo ainda acrescentado  que os feirantes que optaram por suspender não estão a pagar daí não ver onde estejam a ser prejudicados”, como destaca igualmente a ativista, Cláudia Machado.

“O Braga para Todos ironiza com a declaração do edil”, dizendo que “Ricardo Rio precisa de um assessor urgente, precisa de argumentação, usa meia dúzia de frases e joga com a maioria que os bracarenses lhe deram, não consegue dar uma justificativa plausível”, diz o mesmo comunicado.

“Comerciantes estão a ser prejudicados”

“Artur Feio contra-argumentou dizendo que estão a ser prejudicados na localização e não trabalhando, mesmo não pagando as taxas, acabam por não terem retorno e que a falta de condições afastou muitos clientes”, refere o mesmo comunicado.

A acompanhar Cláudia Machado, esteve Roberto Martinho, um comerciante  há dez anos, “que questionou Ricardo Rio sobre o porquê da feira não voltar para o local de sempre, promessa, aliás do edil, relembrando que uns  feirantes estão na terra, que é só pó ou lama, outros estão na estrada e para montar as bancas têm de ultrapassar uma faixa de 30 metros com o carro o que estraga os amortecedores e quando chove a inundação na estrada impede de trabalhar”.

Acerca do eventual regresso ao Altice Fórum, “Roberto Marinho questionou também, visto que no projeto inicial e nos cadernos de encargos estava previsto os feirantes voltar, e segundo Cláudia Machado, a esta questão Ricardo Rio disse sim, mas agora, não, mas não dando mais explicação, ou seja, autoritarismo puro e zero respeito pelos bracarenses”.

Roberto Marinho, continuou dizendo que neste momento permanecem apenas cerca de 100 dos anteriores 300 comerciantes e acusou Ricardo Rio “de não saber comunicar com os bracarenses, pois antes éramos notificados, agora, sabemos as coisas pela comunicação social e as redes sociais”.