A primeira-ministra britânica, Theresa May, está a enfrentar uma revolta no seio do seu próprio governo. Três ministros ameaçam demitir-se se May não retirar o cenário de saída sem acordo de cima da mesa.
A líder britânica esteve recentemente na cimeira UE- Países Árabes, onde tentou pressionar os seus homólogos europeus a abrirem mão de algumas concessões que lhe permitam ter mais apoios entre os deputados da Câmara dos Comuns.
A reação dos ministros está diretamente relacionada com a mudança de estratégia do Partido Trabalhista, liderado por Jeremy Corbyn. Ontem, Corbyn anunciou que o seu partido iria apoiar um segundo referendo para afastar um cenário sem acordo, além de ir apoiar uma moção no parlamento a defender o adiamento do Brexit, agendado para 29 de março, se não houver acordo.
"A ideia de que um não acordo é uma ferramenta de negociação é absolutamente incorrecta. Ninguém acredita na UE. No que nos diz respeito, o responsável é afastá-lo", disse um dos ministros rebeldes, Richard Harrington, ministro da Economia, à BBC.
Na quarta-feira, o parlamento britânico votará a aprovação do acordo negociado por May com Bruxelas.