O Paquistão revelou que abateu dois caças indianos e capturou dois pilotos durante a noite. É o mais recente escalar na tensão entre vizinhos que há décadas estão de costas voltadas.
Tudo aconteceu na disputada região de Caxemira, dividida entre o Paquistão e a Índia por uma linha de separação. Os dois Estados são potências nucleares, com cada uma a ter entre 100 a 130 armas nucleares ao seu dispor.
Nova Deli confirmou apenas a destruição de um caça MiG21 e o desconhecimento do paradeiro de um piloto.
"A Força Aérea Paquistanesa estava pronta, avançaram contra eles [os caças indianos] e houve um confronto. Como resultado, ambos os caças indianos foram abatidos e os destroços de um deles caiu no nosso lado [da fronteira], enquanto o outro caiu do lado deles", disse o Major General Asif Ghafoor, responsável pelas forças armadas paquistanesas.
O bombardeamento de aviões indianos contra uma organização terrorista no território de Caxemira controlado pelo Paquistão, matando, segundo as autoridades indianas, 300 militantes jihadistas foi um duro golpe no prestígio das forças armadas paquistanesas. Os aviões indianos foram capazes de entrar no espaço aéreo paquistanês, realizar os bombardeamentos e voltar para território indiano sem terem tido a oposição de caças paquistaneses.
Em reação ao abate dos caças indianos, o primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, apelou hoje à Índia para que se sentem à mesa para evitar uma escalada da tensão numa região sensível por si só. "A história diz-nos que a guerra está repleta de cálculos errados. A minha questão é que dadas as armas que temos não nos podemos dar ao luxo de fazer cáculos errados", disse Khan num discurso televisivo. "Vamo-nos sentar para falar e encontrar uma solução", desafiou o líder paquistanês.