O presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP afirmou ontem estar preocupado com o futuro da empresa, manifestando expectativa que a comissão de inquérito conclua o seu trabalho para “passar esta página da vida da EDP”.
“Preocupa-me nesta fase da vida da EDP o futuro da empresa. […] Tem hoje, depois de um longo processo de privatização, muitos acionistas estrangeiros e poucos portugueses. É uma empresa detida sobretudo por capital estrangeiro. É uma empresa muito exposta ao mercado de capitais e à sensibilidade dos investidores internacionais”, declarou Luís Amado na comissão parlamentar de inquérito às rendas excessivas aos produtores de eletricidade.
O ex-governante disse também que a tese das “portas giratórias” não se aplica ao seu percurso, rejeitando incompatibilidades entre as suas funções governativas e as atuais funções na elétrica. “Não tenho exercício da porta giratória. Estive sempre no setor público e nunca fui ao privado. Agora, quando acabei a minha vida pública, decidi experimentar a esfera privada”, acusando o deputado do BE Jorge Costa, que questionou a passagem do antigo governante para o Banif, primeiro, e depois para a EDP, de o atingir na sua dignidade.
Luís Amado assumiu as funções na elétrica, e, 2018, substituindo Eduardo Catroga.