O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, encontraram-se hoje para o primeiro dia de uma cimeira de dois dias em Hanói, Vietname. Em cima da mesa estará o processo de desnuclearização do regime norte-coreano.
Os dois líderes cumprimentaram-se pouco antes de avançarem para uma sala privada onde começaram a debater o tema que os levou ao país asiático. No final dessa breve conversa, jantaram juntos, com cada um a poder levar duas pessoas e um intéprete.
Não se sabe ainda o que discutiram em concreto, prevendo-se que só amanhã, o segundo dia da cimeira, as decisões sejam comunicadas aos jornalistas. Trump deverá fazer uma conferência de imprensa, à semelhança da que fez em Singapura, no ano passado, a explicar os pontos do acordo, caso se alcance um.
Antes de se sentar para jantar, Trump garantiu, com um ar descontraído, fazer o seu melhor para que a cimeira tenha um excelente resultado. "Vou fazer o meu melhor para o tornar possível", disse Trump aos jornalistas. E não deixou de tecer rasgados elogios a Kim.
"É uma honra estar com o presidente Kim. É uma honra estarmos juntos num país, Vietname, onde nos estenderam a carpete vermelha e onde estão muito orgulhosos por nos receberem", disse o chefe de Estado norte-americano aos jornalistas.
Sobre o que espera desta segunda cimeira, Trump disse que a "primeira cimeira foi um grande sucesso" e que esperva que esta seguisse pelo mesmo caminho. Todavia, desde a cimeira de Singapura que as negociações entre Washington e Pyongyang têm vivido um impasse por a então declaração conjunta ter sido ambígua sobre os passos a dar sobre a desnuclearização do regime norte-coreano, permitindo diferentes leituras.
Todavia, o jantar ficou marcado por os responsáveis da Casa Branca terem impedido jornalistas de quatro órgãos de comunicação social de assistiram – a Bloomberg News, o "LA Times", a Associated Press e a Reuters.
Questionada sobre o porquê de tal decisão, a secretária de imprensa de Trump, Sarah Sanders, limitou-se a responder que o número de jornalistas presentes já tinha sido atingido, argumentando que "a natureza sensível do encontro" exigia a definição de um limite.