Numa carta enviada a Conan Osíris as organizações em causa dizem que "a escassos minutos de onde terá lugar o Festival, Israel mantém um cerco ilegal a 1,8 milhões de palestinianos em Gaza, negando-lhes os direitos mais básicos”. “Também a escassos minutos de Telavive, 2,7 milhões de palestinianos da Cisjordânia vivem aprisionados por um muro de apartheid ilegal", acrescentam aquelas organizações.
"Israel continua a expandir a sua colonização na Cisjordânia, com o intuito de expulsar mais famílias palestinianas, entregando assim as terras e casas confiscadas a colonos israelitas", acrescentam as organizaçoões, citadas pela Lusa.
Recorde-se que vários artistas de todo o mundo já se recusaram a atuar em Israel.
"Reconhecemos que não é uma decisão fácil, de largar o 'glitz' e glamour da Eurovisão, mas a custo de quê? O apelo ao boicote dos artistas palestinianos, brutalizados durante décadas pelo Estado de Israel, foi seguido por centenas de artistas internacionais e portugueses, de Roger Waters aos Wolf Alice. Eles percebem que a sua arte tem o poder de ajudar a mudar a situação na Palestina, mostrando a Israel que esta ocupação tem um custo", disse o porta-voz do Comité de Solidariedade com a Palestina, Shahd Wadi.
"Israel está a usar a Eurovisão para branquear a opressão do povo palestiniano", pelo que esta "é uma oportunidade para que Conan Osiris encontre um lugar nos livros de história, juntando o seu a outros nomes ilustres nesta campanha".