Mahmoud Abu Zeid, conhecido pelo seu nome profissional, Shawkan, foi liberdado esta segunda-feira, após mais de cinco anos de cativeiro, tendo sido detido quando cobria os protestos contra o golpe militar que derrubou o então presidente egípcio, Mohamed Morsi, colocando no poder Abdul Fattah al-Sissi, o atual presidente. O jornalista postou uma foto sua no Twitter, com o hashtag "olá asfalto", utilizado pelos presos políticos egípcios quando libertados.
Shawkan cobria os protestos protestos quando estes se tornaram um banho de sangue, com centenas de manifestantes mortos, e 739 pessoas presas, incluindo o reputado jornalista, sendo a maioria acusadas de vandalismo e de homícido de agentes da polícia. 75 dos presos foram condenados à morte em setembro, tendo Shawkan sido condenado a 5 anos de prisão, contando com o tempo que esteve detido.
O jornalista enfrentou a acusação de "homicídio e pertença a organização terrorista", que pode levar a uma pena de morte. A sua prisão despoletou uma grande condenação internacional, da parte de grupos de direitos humanos. A Amnistia Internacional garante que Shawkan foi preso "simplesmente por fazer o seu trabalho como fotojornalista e documentar a brutalidade policial que teve lugar nesse dia".