A economia chinesa é considerada a segunda maior economia do mundo, mas nem tudo é tão perfeito quanto parece.
Segundo um estudo publicado na Brookins Institution, esta economia é 12% menor do que o apontado pelas estatísticas. Isto indica que entre 2008 e 2016, a China subestimou as suas taxas de crescimento numa média de 2% por ano. Em 2018, a real dimensão da economia estava demasiado abaixo do divulgado.
O estudo elaborado por Wei Chen, Xilu Chen e Zheng Song da Universidade de Hong Kong e Chang-Tai Hsieh da Universidade de Chicago, mostra que, no ano passado, a desaceleração da economia foi maior do que se pensava e que cresceu no menor ritmo desde 1990.
Este estudo veio agora comprovar o que já tinha sido dito pelo serviço nacional de estatísticas chinês quando admitiu que “algumas estatísticas locais” eram falsas e que o governo tinha acusado o nordeste chinês de inventar dados. “Os governos locais são recompensados por cumprirem metas de investimento e crescimento”, pode ler-se no estudo.
“Têm um incentivo para distorcer os números locais”, denuncia. As acusações voltam agora ao de cima e a levantar questões quanto à necessidade de transparência por parte do governo chinês e à qualidade dos dados económicos usados para divulgar os resultados ou estimativas.
Os cientistas estudaram diversos indicadores económicos com menores riscos de serem manipulados e conseguiram assim provar que as autoridades chinesas inflacionam os números do PIB.
Novos cortes de impostos, gastos adicionais de ajuda à estabilização da economia e os múltiplos obstáculos que a economia enfrenta levaram a que o governo tenha revisto em baixa o crescimento do PIB, para um intervalo entre os 6% e os 6,5%.