A eliminação da Roma nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, após a derrota no prolongamento no Estádio do Dragão (3-1), não foi bem aceite do lado italiano. Logo após o fim do encontro desta quarta-feira frente ao FC Porto, os jogadores romanos não esconderam a indignação para com a equipa de arbitragem liderada pelo turco Cuneyt Çakir, especialmente no que respeita ao lance nos últimos minutos na área portista entre Schick e Marega.
"É uma vergonha que o árbitro não tenha ido ver as imagens. Disse que não foi nada, mas o contacto é claro. Não percebo por que é que isto acontece sempre connosco. Já no ano passado [com o Liverpool] não marcaram dois penáltis a nosso favor. Depois o árbitro pediu desculpas, mas não serve de nada. Mas agora com o VAR não há desculpas", disparou Manolas, central da Roma.
Daniele De Rossi, capitão, foi mais comedido, mas ainda assim aludiu também ao polémico lance. "Temos de aceitar o resultado, mas é terrível ser eliminado desta forma. Era melhor termos ido aos penáltis. Não fomos perfeitos, mas vi uma equipa unida e composta por homens sérios. O FC Porto é equipa forte, mas nos 180 minutos nós merecemos passar. Foi uma pena. Teria sido épico passarmos com o 3-2 no final. Se fosse a pontos, como no boxe, teríamos passado", salientou o médio, que apontou o golo da Roma, de grande penalidade.
Bem mais contundente foi a imprensa desportiva italiana, que não teve pejo em recorrer aos termos "vergonha" e "roubo" para descrever a atuação do árbitro turco. "Isto é um roubo", escreveu o "Tuttosport", com uma fotografia do lance entre Marega e Schick onde parece haver um toque do maliano do FC Porto nos pés do checo da Roma. "Vergonha. Árbitro e VAR eliminam Roma. FC Porto nos quartos graças a um penálti de tv (que ignora um fora-de-jogo). O VAR recusou o penálti da qualificação giallorossi", pode ler-se na capa do "Corriere dello Sport". Já a "La Gazzetta dello Sport" diz que a Roma "foi gozada", lembrando também o penálti que considera deveria ter sido marcado a favor dos romanos.