O conglomerado chinês HNA vendeu a participação de 9% que detinha na TAP através da Atlantic Gateway por 55 milhões de dólares (cerca de 48,6 milhões de euros). Mais de metade desta participação indireta na TAP foi vendida à Global Aviation Ventures LLC, um fundo norte-americano de capital de risco especializado no setor da aviação, por 30 milhões de dólares.
O restante passou para as mãos da transportadora aérea brasileira Azul S.A. em troca de 25 milhões de dólares.
O Ministério das das Infraestruturas e da Habitação já veio garantir que esta alienação "não afeta a posição estratégica do Estado português".
Já o presidente do Conselho de Administração da TAP, Miguel Frasquilho, lamentou a saída dos acionstas chineses, mas garatiu que a venda participação não foi inesperada.
O grupo HNA explicou que o negócio envolveu a venda de uma subsidiária chamada Hainan Airlines Civil Aviation, cujos únicos bens são uma participação de 20% na Atlantic Gateway, consórcio que detém 45% da TAP. O Estado português é dono de 50% da TAP, estando os restantes 5% do capital nas mãos dos trabalhadores.
A Azul foi criada pelo empresário brasileiro David Neeleman, que detém 40% da Atlantic Gateway. O grupo HNA chegou a ser também acionista da Azul, mas vendeu essa participação em agosto do ano passado a investidores institucionais norte-americanos.
O HNA tinha há menos de um mês aumentado de 12% para 20% a sua participação na Atlantic Gateway, numa altura em que já enfrentava problemas de liquidez. O grupo chinês tem vindo a alienar investimentos e a cancelar negócios, incluindo na indústria da aviação, que é o negócio fundamental da empresa.