Até ao final do dia de ontem, quinta-feira, estavam desaparecidos 32 portugueses em Moçambique na sequência do ciclone Idai. No entanto, desses 32 nomes, 14 já conseguiram comunicar com os serviços portugueses, uma vez que algumas ligações, nomeadamente as redes de telemóvel, começam agora a funcionar e a ser restabelecidas, confirmou fonte oficial ao SOL.
Também ontem as autoridades tinham confirmado que um casal português estava desaparecido no distrito de Búzi, em Moçambique, juntamente com os seus funcionários, mas apenas um era português.
A mesma fonte indica ainda que, além da zona da cidade da Beira e de Búzi, que se encontram praticamente submersas, também na província de Manica já há a confirmação de 81 vítimas mortais.
Esta sexta-feira foi feito um novo balanço do número de vítimas mortais e, de acordo com a ONU há, até agora, 294 mortos na sequência do ciclone Idai, que deixou totalmente destruída a zona da Cidade de Beira e outras províncias de Moçambique.
As autoridades indicam que, no entanto, a situação pode piorar e que o número de mortes pode aumentar, uma vez que ainda se encontram centenas de pessoas desaparecidas e por resgatar.
Recorde-se que esta quinta-feira, a Autoridade Nacional da Proteção Civil enviou uma equipa avançada de peritos multidisciplinares para Moçambique para participar nas operações de socorro na sequência da passagem do ciclone Idai no país.
Desta equipa fazem parte elementos de Comando da ANPC, da Força Especial de Bombeiros, da Guarda Nacional Republicana (UEPS – Unidade de Emergência de Proteção e Socorro e binómios de busca e socorro), do INEM e da EDP.
Também na quarta-feira partiram do aeroporto de Figo Maduro, em Lisboa, parte de uma força de reação rápida portuguesa – onde integram 35 militares, uma equipa cinotécnica e médicos – para Moçambique para apoiar as operações na sequência do ciclone Idai, que devastou a cidade da Beira.