A Tabaqueira defendeu esta terça-feira, em comunicado, que “mais de 20 estudos independentes confirmam que o tabaco aquecido é melhor alternativa que os cigarros”.
Esta reação surge depois de a Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária ter emitido um comunicado no qual expressa a sua preocupação face às “alegações da indústria sobre o risco reduzido destes dispositivos”. As 12 sociedades médicas e científicas que assinam o documento recordam que estes produtos “produzem aerossóis com nicotina e outros químicos”.
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“Não sendo o tabaco aquecido um produto inócuo ou isento de riscos, consiste não obstante numa melhor alternativa do que os cigarros, conforme tem vindo a ser amplamente comprovado por evidência científica independente e entidades oficiais como a Public Health England, ou a Food and Drug Administration americana, ou o Instituto alemão para a Avaliação do Risco, para citar apenas alguns, que corroboraram a existência de uma redução média entre 90 a 95% de constituintes tóxicos no aerossol que resulta do consumo dos novos produtos de administração de nicotina sem combustão, com ou sem tabaco, por comparação com o fumo dos cigarros”, lê-se no comunicado da Tabaqueira enviado às redações.
“Quem não quer correr riscos não deve consumir qualquer produto de tabaco ou nicotina, no entanto, e porque existe uma prevalência dos fumadores, consideramos ser fundamental que os fumadores portugueses saibam que o problema está em “queimar” o cigarro e que existem alternativas sem combustão que são melhores opções. É incompreensível que estas sociedades científicas não considerem estas opções de redução de risco como uma alternativa válida para reduzir a incidência de fumadores, à semelhança da estratégia que é seguida relativamente a inúmeros bens de consumo, como por exemplo, as bebidas açucaradas, as bebidas alcoólicas, a presença de sal em alimentos e a segurança rodoviária”, afirma Miguel Matos, diretor-geral da Tabaqueira.
A empresa, subsidiária da Philip Morris International em Portugal, revela que cerca de 7 milhões de fumadores no mundo inteiro, 200.000 dos quais em Portugal, deixaram de fumar fruto da comercialização do tabaco aquecido.