Para um juiz inglês, o marido ter relações sexuais com a sua mulher, seja ela capaz de as consentir ou não, é um “direito humano fundamental”.
A frase foi proferida numa audiência do tribunal, na qual o juiz foi chamado a decidir sobre impor ou não uma ordem judicial a proibir um marido de ter sexo com a sua mulher de há vinte anos, que por ter perdido faculdades se encontra incapaz de tomar as suas próprias decisões, ou seja não está numa situação em que o seu consentimento seja considerado consciente.
O caso foi levado a este tribunal específico, chamado ‘de proteção’ e que analisa os casos de falta ou de perda de capacidades, por uma espécie de comissão que zela pelos direitos das pessoas, quando estas já não são capazes de o fazer.
O juiz sublinhou que no caso de ser imposta a ordem de restrição, o marido podia arriscar-se a ser preso apenas por querer fazer sexo com a sua mulher, com quem está casado há 20 anos.
“Não consigo pensar em qualquer outro direito humano fundamental mais óbvio do que o direito de um homem fazer sexo com a sua mulher – e o direito do Estado monitorar isso”, afirmou o magistrado, citado pelo Guardian.
A frase do juiz abriu a porta para a polémica com várias partilhas e comentários críticos. Para muitos, as declarações são misóginas e incitadoras de ódio contra as mulheres.