Um estudo da Mastercard realizado em Portugal pela ISPOS/APEME, revela que 93% dos portugueses anda sempre com dinheiro na carteira trazendo consigo, em média 22 euros.
A média varia consoante a idade. Para os mais jovens a média é de 16 euros e para os mais velhos a média é de 25.
O estudo “Quanto dinheiro trazem os portugueses na carteira” foi realizado durante o mês de fevereiro deste ano e os resultados surgiram com base em 500 entrevistas junto de uma amostra estruturada de acordo com o perfil da população portuguesa com idades entre os 18 e os 55 anos.
Inédito em Portugal, o estudo demonstra ainda que, em média, os homens andam com mais seis euros na carteira (25,5 euros) do que as mulheres (19,6 euros).
Em relação ao valor que traziam na carteira há cinco anos, as opiniões variam conforme a faixa etária. Enquanto os adultos confessam que o valor pouco ou nada mudou em cinco anos, os mais jovens dizem ter havido uma evolução positiva.
Quanto ao valor levantado, 55% dos portugueses confessa levantar até 20 euros, sendo que a média de levantamentos se situa nos 30. Também neste parâmetro há diferenças entre sexos. Os homens costumam levantar em média 40 euros e as mulheres 30 euros.
No que diz respeito aos cartões bancários, 7 em cada 10 portugueses tem apenas um cartão de débito e, em média, mais de 53% tem cartão de crédito.
Apesar do dinheiro continuar a ser uma presença quase obrigatória na carteira dos portugueses, 55% dos inquiridos confirma ter um cartão com a tecnologia Contacless.
Paulo Raposo, diretor-geral da Mastercard em Portugal explica que este estudo “serve para percebermos que os portugueses ainda têm uma relação muito forte com o dinheiro e que os cartões ainda são muito utilizados para efetuar levantamentos, um facto que está em linha com um outro estudo que a Mastercard fez em 2018, sobre ‘Hábitos e atitudes face à evolução dos meios de pagamento’, junto dos portugueses entre os 60 e 74 anos, o qual revelou que 92% dos inquiridos a operação que mais efetuam com cartão é, precisamente, o “levantamento de dinheiro”.”
Por outro lado, Paulo Raposo sublinha outra conclusão relevante do estudo. “O de que a tecnologia Contactless está a ganhar cada vez mais expressão e isso é muito importante porque é o passo intermédio natural para a adoção das novas soluções digitais de pagamento e que serão essas que vão possibilitar a mudança mais acelerada para uma sociedade Cashless. Porém, este objetivo de nos tornarmos uma sociedade Cashless não passa apenas pela tecnologia, nem apenas pela confiança ou segurança dos sistemas de pagamento. Há um benefício social e fiscal muito relevante. Primeiro, porque permite reduzir os custos de manuseamento de dinheiro que, na UE, ascendem a 1,5% do PIB europeu. Depois, porque vai permitir maior equidade fiscal, uma vez que, com os pagamentos digitais, a fraude e a evasão fiscal tendem a diminuir por ser mais fácil às autoridades tributárias rastrearem todos os movimentos financeiros", conclui.