Países da SADC formalizam pedido para assistência aos países afetados pelo ciclone Idai

Mais de três milhões de pessoas foram afetadas pelo ciclone e pelas cheias que se seguiram

A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC, na sigla inglesa) vai fazer, na próxima quinta-feira, um pedido formal à comunidade internacional para assistência a Moçambique, Maláui e Zimbabué, Estados-membros da organização afetados pelo ciclone Idai.

De acordo com um comunicado da organização, citado pela agência Lusa, o "pedido regional formal" vai ser feito em Windhoeck, na Namíbia, através de uma declaração presidente da SADC  – e Presidente da Namíbia -, Hage Geingob, com o objetivo de pedir ajuda para as mais de três milhões de pessoas afetadas pelo ciclone Idai e pelas cheias que se seguiram.

O apelo regional baseia-se "inteiramente nas solicitações de assistência feitas pelos três países afetados", que "necessitam de assistência humanitária imediata, incluindo alimentos, abrigo, roupas e alimentos, água, saneamento e assistência médica, considerando a ocorrência de cólera e outras infeções por diarreia, malária e doenças relacionadas com a água", refere o comunicado, que acrescenta ainda que "o apoio também ajudará em ações de recuperação nos distritos afetados, ajudando a população a reconstruir as suas vidas, meios de subsistência e economias".

Recorde-se que o ciclone Idai afetou Moçambique, o Zimbabué e o Maláui no passado dia 14 de março. Só em Moçambique, provocou, pelo menos, 602 mortos e fez ainda 1641 feridos, tendo afetado mais de 1,5 milhões de pessoas, de acordo com o último balanço divulgado pelas autoridades destes países.