Um estudo intitulado ‘Comportamentos sexuais de risco nos adolescentes’, divulgado a propósito do 10.º Congresso Internacional de Psicologia da Criança e do Adolescente, a que a agência Lusa teve acesso, indica que mais de um terço dos jovens inquiridos disse não ter usado preservativo na última relação sexual e que 14,5% afirmou ainda ter tido relações sexuais associadas ao consumo de álcool ou drogas.
"Uma minoria significativa" assumiu não ter usado preservativo na última relação sexual (34,1%), começa por referir o estudo.
A investigação, citada pela Lusa, revela ainda que os rapazes são aqueles que mais utilizam o preservativo, que mais relações sexuais têm associadas ao consumo de álcool ou drogas e que, na sua maioria, não têm a vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV).
O estudo, realizado em Portugal, de acordo com os dados recolhidos, indica ainda os mais novos, do 8.º ano, são os que mais frequentemente têm relações sexuais associadas ao consumo de álcool ou drogas, resultados estes que "podem ter implicações significativas na alteração das políticas de educação e de saúde, direcionando-as para o desenvolvimento de competências pessoais e sociais nas várias estruturas que servem de apoio aos adolescentes portugueses".
De forma a explicar os resultados negativos obtidos pelo estudo, os autores referem que "o desinvestimento na educação sexual", a redução do número de campanhas de prevenção e o facto de a infeção se ter passado a considerar uma doença crónica e não uma "sentença de morte", poderá ter feito com que as pessoas desvalorizem “a importância da proteção”.