As exportações portuguesas aumentaram 4,6% em fevereiro face a igual período do ano passado, ainda assim, um crescimento inferior face às importações que registaram um aumento de 12,8%. Os dados foram revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e indicam que, as compras ao exterior estão a crescer mais do que as vendas há sete meses consecutivos.
No entanto, quando comparado com o mês anterior, as exportações cresceram ligeiramente, passando de 3,8% para 4,6%. Na base desta subida está, segundo o INE, “o aumento no comércio intra-UE (4,4%)”.
Já as importações desaceleram face ao mês anterior, altura em que tinha atingido um crescimento de 16,6% à custa da compra materiais de transporte – maioritariamente aviões e suas componentes.
No entanto, excluindo os combustíveis e lubrificantes, em fevereiro, as exportações aumentaram 7,3% e as importações cresceram 13,3% em termos homólogos. Feitas as contas, o défice da balança comercial de bens totalizou 1.504 milhões de euros, o representa um aumento de 504 milhões de euros face a igual período do ano passado. Mas, excluindo os combustíveis e lubrificantes, a balança comercial atingiu um saldo negativo de 996 milhões de euros, correspondente a um aumento do défice de 345 milhões de euros em relação a fevereiro de 2018.
Países vs produtos
Para Espanha, o principal mercado externo para os bens portugueses, o aumento de vendas foi de 0,7%, mas as compras feitas ao país vizinho aumentaram 9,1%. Já para França, a subida de exportações foi de 1,2% e assistiu-se a um acréscimo de 2,9% nas importações, enquanto para a Alemanha o crescimento de exportações foi de 4,9%. O Reino Unido que se mantém como o quarto maior mercado de exportações nacionais, apresentou um crescimento de 3,4%.
Em relação aos produtos exportados, o material de transporte é a categoria que se destaca ao crescer 14,1%, muito à custa da produção do T-Roc, modelo produzido pela Autoeuropa e tem sido o ponto alto das exportações nacionais. A seguir surgem os fornecimentos industriais ao registarem um crescimento de 6%. “Em sentido contrário, destaca-se o decréscimo nos combustíveis e lubrificantes (-32,6%), ainda justificado em parte pelas manutenções ocorridas nas refinarias nacionais”, diz o INE.
No caso das importações, verifica-se acréscimos em todas as principais categorias, mas o destaque vai também para o material de transporte, principalmente por causa da aquisição de aviões e suas partes, tal como tinha acontecido em janeiro.
Recorde-se que, a TAP tem vindo a adquirir varios modelos de aviões, tendo sido no ano passado, uma das maiores empresas importadoras do mercado nacional.