Ângela Barreto vivia na Holanda com a família, quando em 2014, aos 19 anos, decidiu sair de casa e mudar-se à Síria, atraída pela propaganda extremist do Daesh.
Radicalizou-se e casou com o português Fábio Poças, combatente do Estados islâmico, que depois de se converter ficou conhecido como Abdurahman Al Andalus. Morreu há um ano, durante um bombardeamento.
Numa entrevista à RTP, a jovem conta que, depois da queda de Raqqa, mudou-se com os dois filhos para Baghouz para ficarem a salvo. No entanto, os bombardeamentos intensivos que ocorreram no ultimo mês atingiu a sua filha de três e, por esse motivo, Ângela decidiu que quer voltar.
Nos dias seguintes esteve no campo de trânsito, em território curdo-sírio, que acolhe perto de 24 mil familiares de membros do Daesh, tendo passado muito tempo no hospital de Al Hassakah, ao lado da filha, que esteve hospitalizada, e que acabou por morrer há alguns dias.
Agora Ângela não pode regressar à Holanda, porque lá enfrenta um mandado de captura, devido a suspeitas de ter recrutado teres raparigas menores para o Daesh e de Portugal não obteve, até agora, nenhuma resposta.
A jovem admite que gostaria de regressar a Portugal “se o Governo permitir”, mas sem nunca rejeitar a fé islâmica.