Juventude Popular de Braga apela ao apoio à APAV

A Juventude Popular de Braga apelou ao apoio à APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima), na sequência de uma sua visita às instalações da delegação distrital bracarense.

Segundo referiu o presidente da Juventude Popular de Braga, Francisco Mota, “a APAV é uma IPSS que tem uma missão de elevada responsabilidade junto da nossa comunidade, dando resposta a todos aqueles que sofrem de violência, quer seja ela sexual, física ou psicológica”.

“A Juventude Popular de Braga valoriza todo o trabalho desenvolvido junto da nossa comunidade, mostrando-se disponível para apoiar esta associação sem fins lucrativos, como sucedeu no último jantar organizado de Mulheres para Mulheres onde conseguimos angariar cerca de 200 euros”.

Segundo o líder centrista, “esta associação dá resposta aos 14 concelhos do distrito de Braga”, lançando o desafio a todo o território e aos autarcas locais, “o poder local deveria olhar para esta associação de outra perspetiva, oferecendo um tipo de resposta diferente, com um apoio efetivo, de modo que a sua ação no território possa corresponder de acordo com as necessidades”.

Face à realidade constatada no local Francisco Mota considera que “este núcleo da APAV apresenta os números mais altos no seu eixo de atuação, no país, onde as autarquias locais não oferecem o apoio devido para com a sua missão, mas temos o conhecimento que a Câmara Municipal de Braga, e bem, está a vincular com a instituição um protocolo de apoio orçamental, para colmatar a falta de apoio vivida, acreditando que o Município de Braga dará ainda este ano o seu apoio a esta organização”.

“Sendo a JP/Braga uma Juventude que acredita nos valores do voluntariado, Francisco Mota enalteceu o trabalho da equipa, “em que a gestão deste núcleo é apenas realizada por um técnico superior, no entanto, todos os processos são analisados e trabalhados com o apoio de voluntários, com psicólogos, sociólogos e juristas a prestar o seu contributo a custo zero”, destacou Francisco Mota.

Na opinião do líder da estrutura, “o Governo português não tem uma resposta direta para estas organizações, mesmo acreditando que não devem estar nas mãos do Estado todas as respostas, quer sejam sociais ou outro âmbito, mas o Estado não se pode afastar do apoio a organizações que assumem responsabilidade e resposta no seu lugar sem adquirirem o apoio estatal devido”, diz o mesmo político.

“Pretendemos trazer a debate esta situação, nas próximas eleições legislativas, apontando as dificuldades assistidas por parte da associação, colmatando as mesmas com respostas viáveis e mais responsabilização por parte do Estado, no que diz respeito aos apoios estatais e pretendemos que sejam criadas melhorias nas redes de resposta a todos aqueles, homens, mulheres, crianças e sobretudo idosos que sofrem diferentes tipos de violência”, referiu Francisco Mota.