A conferência de imprensa de Costinha de antevisão à partida com o Sporting ficou marcada por um gesto dos capitães do Nacional que deixou o técnico emocionado. Diego Barcellos, Felipe Lopes e Diogo Coelho entraram na sala de imprensa e tomaram a palavra, expressando o seu apoio ao antigo internacional português.
"Peço desculpa por interromper a conferência de imprensa. Nós, os capitães, viemos aqui representar o grupo por um motivo: o mister. Viemos aqui mostrar total confiança no seu trabalho: estamos contigo. A equipa está focada no que é o desejo do clube, e por isso viemos aqui. Esta semana o mister foi duramente criticado, inclusive com o pedido de saída. Estamos todos no mesmo barco, e se o mister está aqui é porque tem a confiança da direção e do balneário. Temos a confiança dele, assim como ele confiou em nós a época toda. Achamos que é um momento importante para mostrar o nosso apoio. Temos cinco finais e vamos fazer de tudo, todos juntos, para manter o clube na Liga. Era essa mensagem que queríamos deixar", disse Diego Barcellos, o porta-voz do grupo.
O Nacional, recorde-se, está neste momento em zona de descida, ocupando o 16.º e antepenúltimo lugar, e recebe esta sexta-feira o Sporting. Já refeito das emoções vividas com o gesto dos atletas, Costinha fez então a antevisão à partida, deixando elogios ao adversário mas garantindo também que o conjunto madeirense irá manter a sua identidade.
"O Sporting joga bem, tem um bom grupo de jogadores e tem o Bruno Fernandes em super forma. No entanto, acho que é mais importante pensarmos em nós. Abandonar os nosso princípios nesta altura seria uma confusão, estivemos a época inteira a trabalhar um processo de jogo e não o vamos abandonar. Claro que temos de ter cautelas e de ter em atenção contra quem jogamos, mas temos de ser ambiciosos para alcançarmos o resultado que queremos. O Sporting não vai querer ganhar mais que o Nacional", prometeu, reservando também algumas palavras em relação ao momento menos positivo que a equipa atravessa: "Sabíamos que ia ser difícil. Nunca foi fácil, mesmo quando fizemos bem as coisas. Há sempre dúvidas em relação ao valor da equipa ou do próprio treinador, que é inexperiente ou experiente, que é passivo ou não é passivo. O foco manteve-se sempre. Há 15 pontos em disputa independentemente de jogarmos contra equipas fortes ou não. Não temos esperança, temos confiança de que vamos sair desta situação, é diferente. Este espírito é muito importante e deixa-me satisfeito".