O arquiteto português Eduardo Souto de Moura é o vencedor do Prémio Arnold W. Brunner, da Academia Americana de Artes e Letras, de 2019, pela sua «contribuição significativa para a aquitetura». O prémio, no valor de 20 mil dólares, foi instituído em 1955 com o objetivo de distinguir arquitetos de qualquer nacionalidade que tenham «dado uma contribuição significativa à arquitetura como arte».
O arquiteto português foi na edição de 2019 o escolhido entre uma lista de 33 nomeados. Segundo justificou a presidente do júri, a arquiteta Annabelle Selldorf, pela «qualidade intemporal e profundamente humanista» do conjunto da sua obra, que se distingue por um sentimento de «inevitabilidade».
Entre um conjunto de «projetos notáveis» da autoria do arquiteto português, o júri destacou sobretudo o controverso Estádio Municipal de Braga, a Torre Burgo, no Porto, e a Casa das Histórias – Paula Rego, em Cascais.
Ao longo de 40 anos de carreira, Souto de Moura foi já distinguido com mais de uma dezena de prémios, entre os quais se destacam o Leão de Ouro da Bienal de Veneza que recebeu no ano passado, o Pritzker, em 2011, o Prémio Piranesi da Academia Adrianea de Arquitetura e Arqueologia Onlus, de Roma, em 2017, o Prémio da X Bienal Iberoamericana de Arquitetura e Urbanismo, no ano anterior, e, em Portugal, o Prémio Pessoa, em 1998.