Polémica desde que tomou posse como ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves encontrou-se com o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, para lhe pedir para abandonar o cargo. A ministra recebe diariamente ameaças de morte, vivendo sob um forte aparato de segurança.
Damares Alves diz que está cansada e que precisa de cuidar da sua saúde, algo que o cargo não lhe permite fazer, segundo a revista Veja. Mas, por agora, manter-se-à, pelo menos até os principais assuntos da sua pasta governativa estarem encaminhados.
Por sua vez, Bolsonaro recusou aceitar mais uma saída do seu governo: "Você vais air, mas daqui a quatro anos". Ou seja, quer que Damares Alves cumpra a legislatura até ao fim, algo que a ministra recusou dizendo que permanecerá no cargo, no máximo, até dezembro deste ano.
A pastora evangélica desmentiu a notícia da revista brasiliera, garantindo que não pretende abandonar o cargo. "Informo que não pretendo sair do governo", garantiu Damares Alves numa breve nota.
A ministra de Bolsonaro tornou-se mundialmente conhecida por ter feito várias declarações polémica. Uma delas foi, por exemplo, quando disse que aos 10 anos, quando pensava em se matar, encontrou Jesus Cristo em cima de um pé de goiaba. Damares Alves encarou o episódio como uma "revelação". Também disse que a "mulher deve ser submissa ao homem no casamento" e opõe-se veementemente contra o aborto em todas as situações, inclusive violação.
Mas não foram só as frases polémicas que a tornaram conhecida. A ministra também tem defendido uma agenda ultraconservadora que tem criado muitos inimigos no Brasil. No dia da sua tomada de posse, a 2 de janeiro, Damares Alves disse que uma "nova era" tinha começado no Brasil, onde "o menino veste azul e a menina veste rosa".