A taxa de desemprego subiu par os 6,8% no primeiro trimestre de 2019. Este valor é superior em 0,1 pontos percentuais (p.p.) ao que tinha sido registado nos três meses anteriores, mas 1,1 p.p. inferior ao primeiro trimestre de 2018. Trata-se do primeiro agravamento trimestral em três anos.
“A população desempregada, estimada em 353,6 mil pessoas, aumentou 1,3% (4,5 mil) em comparação com o trimestre anterior e diminuiu 13,8% (56,5 mil) em relação ao trimestre homólogo de 2018”, refere o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Quanto à população empregada – 4880,2 mil pessoas – foi observado um decréscimo de 0,1% face ao trimestre anterior e um acréscimo homólogo de 1,5%.
“A taxa de desemprego de jovens (15 a 24 anos) situou-se em 17,6%, o valor mais baixo da série iniciada em 2011, tendo diminuído 2,3 p.p. e 4,3 p.p., respetivamente, em relação aos trimestres anterior e homólogo”, revela o INE.
Recorde-se que o governo prevê no Programa de Estabilidade 2019-2013 que a taxa de desemprego desça para os 6,6% este ano, 0,3 p.p. acima da previsão feita no Orçamento do Estado para 2019. Para 2020, o governo prevê uma taxa de desemprego de 6,3%, que recua para 5,9% no ano seguinte, chegando aos 5,6% em 2022 e 5,4% em 2023.
Reação do governo
Apesar de este ser o primeiro agravamento trimestral nos últimos três anos O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social afirmuo ontem que “os dados do desemprego mantêm-se na linha dos últimos anos”.
“Esta variação do primeiro trimestre face ao quarto trimestre acontece na maior parte dos anos”, por causa da “sazonalidade do emprego”, afirmou Vieira da Silva, citado pela imprensa nacional.