De acordo como o site da Fileira do Pescado, o Largo de S. Sebastião da Pedreira em Lisboa, é a morada desta ilustre frente de associações de empresários do pescado, denominada Fileira do Pescado, que, desde 2010, articula interesses de promoção dos produtos das empresas pertencentes à ACOPE – Associação dos Comerciantes de Pescado, ADAPI – Associação dos Armadores das Pescas Industriais, AIB – Associação dos Industriais do Bacalhau, ALIF – Associação da Indústria Alimentar pelo Frio, ANICP – Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe e DOCAPESCA, entre outras forças vivas relacionadas com o alimento que vem do mar.
Portugal sempre teve uma grande vocação para o alimento marinho. Desde o famoso bacalhau, passando pelas conservas de peixe e pelo pescado fresco ou congelado, muitas são as áreas do setor alimentar do mar em que Portugal tem uma excelente fama. A marca Portugal, no mundo do alimento do mar é uma marca considerada de muito boa qualidade, no entanto, tinha uma grande margem de progressão no que respeita à divulgação internacional dos diversos produtos alimentares do mar que Portugal processa e transforma.
É do conhecimento geral a dificuldade interna portuguesa no que respeita à cooperação entre entidades. No entanto, existem sempre exceções que confirmam a regra de menor talento de Portugal para a cooperação. Uma dessas exceções é, sem dúvida, o excelente trabalho da Fileira do Pescado que, há cerca de uma década, junta esforços para promover todos os produtos da fileira alimentar do mar em que Portugal acrescente valor.
A ação no terreno da Fileira do Pescado ao nível de implementação de medidas como provas de degustação, interação com chefs de renome, informação sobre alimentação saudável, promoção do pescado (o melhor peixe do mundo) e da transformação de pescado nacionais tem sido uma referência de cooperação com resultados para toda a economia do mar e para toda a economia nacional em geral, provocando um significativo crescimento das exportações nacionais.
Os números não enganam, crescer mais de 40% no valor das exportações calculadas a preços constantes, entre o ano de 2010 e o ano de 2017, conforme informa o LEME – Barómetro PwC da Economia do Mar, é um feito assinalável, ainda para mais, percorrendo os anos de 2010 a 2014, que foram anos de grandes dificuldades da economia nacional.
A fileira alimentar do mar pertence aos três grandes pilares económicos da economia do mar nacional (Alimento, Turismo e Transportes). Estes pilares económicos, juntos com o pilar da defesa e o do conhecimento, têm sido os grandes responsáveis pelo crescimento azul verificado na última década.
Quem tem a possibilidade de visitar, anualmente, a maior feira europeia de produtos alimentares do mar, a Seafood Expo, que se realiza em Bruxelas, durante a primavera, consegue observar a excelência dos stands da área organizada pelas empresas Portuguesas, que em muito dignifica a nossa indústria e o nosso país.
Miguel Marques, Sócio da PwC