O Ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano acusou Israel lançou um apelo às estações televisivas europeias para que não exibam as imagens promocionais da Eurovisão deste ano em que apareça retratada a cidade de Jerusalém e acusou Israel de estar a servir-se do concurso para normalizar a ocupação.
“A União Europeia da Radiodifusão tem o poder de influenciar a opinião pública global e Israel, a potência ocupante, está a utilizar o concurso para fortalecer a sua ocupação colonial e normalizar a aceitação global da sua conduta ilegal", afirma o ministério num comunicado divulgado neste sábado a propósito do Festival Eurovisão da Canção, que decorre na próxima semana em Telavive.
Para o governo palestiniano, os materiais promocionais da Eurovisão aprovados pela radiodifusão europeia são “inaceitáveis" pela forma como "normalizam a ocupação”.
Numa carta enviada à União Europeia de Radiodifusão, o Ministério dos Negócios Estrangeiros pede que não sejam transmitidas pelos restantes países quaisquer imagens gravado em Jerusalém, cuja parte oriental permanece ocupada por Israel desde 1967.
A divulgação dessas imagens, acrescenta, constitui um apoio “implícito às políticas ilegais” de “violação sistemática das leis internacionais e dos direitos humanos, incluindo o direito à autodeterminação do povo palestiniano”, que têm vindo a ser levadas a cabo por Israel.