Dos 28 casos de violência doméstica acompanhados pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), em cerca de 11 existe uma relação íntima entre a vítima e o agressor. A conclusão do relatório anual de 2018 elaborado pela Rede de Apoio a Familiares e Amigos de Vítimas de Homicídio e Vítimas de Terrorismo da APAV.
Bruno Brito, responsável pela Rede de Apoio, em declarações à Lusa, revelou que a proximidade entre a vítima e o agressor é “preocupante”, acrescentando que este crime representa uma “fatia bastante grande” dos crimes de homicídio denunciados.
As relações entre “cônjuges, namorado, ex-namorados, companheiros e ex-companheiros representam 31,25% da totalidade dos diferentes relacionamentos”, indica o documento. “Este número remete para a importância que a violência doméstica tem para a produção de crimes de homicídio em Portugal”, indica o relatório.
Só este ano, já foram detidas mais de 600 pessoas em casos ligados à violência doméstica – um total de 618 –, revela o jornal Público.
Por dia, cerca de cinco pessoas são detidas pelas autoridades, escreve o mesmo jornal.