Na hora de subir ao relvado para receber a medalha – e depois ver o capitão Jardel levantar o troféu – de campeão nacional, Bruno Lage não esqueceu o seu mentor: Jaime Graça. O treinador do Benfica entrou a erguer uma camisola com o nome da antiga glória encarnada, que o encorajou no início da carreira a perseguir o sonho agora concretizado.
Em declarações ao canal de televisão do clube, Bruno Lage considerou ser este o fim perfeito para "uma segunda volta e um percurso fantástico". "Fiquei a ver aquilo que mais queria: a alegria dos adeptos e dos jogadores. Fico contente, claro, por ter conquistado o meu primeiro título, mas mais por ver a alegria dos adeptos e dos jogadores", salientou o técnico de 43 anos, respondendo desta forma quando questionado sobre como conseguiu dar a volta ao cenário negativo que encontrou no início do ano e vencer o campeonato: "Mudámos a forma de treinar e de jogar. Sentimos que o valor estava cá, porque esta equipa já tinha vencido anteriormente, mas às vezes é preciso um clique e mexer na equipa e foi o que fizemos. Agora o mais importante é estarmos contentes e festejarmos este título conquistado".
Bruno Lage tornou-se o 19.º treinador campeão nacional pelo Benfica, sendo apenas o quinto português: antes dele, só Mário Wilson (75/76), Toni (88/89 e 93/94), Jorge Jesus (09/10, 13/14 e 14/15) e Rui Vitória (15/16 e 16/17). Refira-se que, em 1967/68, Fernando Cabrita fez a transição entre o chileno Fernando Riera e o brasileiro Otto Glória, no que foi a única outra ocasião em que o Benfica se sagrou campeão após trocar de treinador a meio da época.