A sala estava composta com cerca de 400 pessoas – segundo dados da organização – em Bicesse (Cascais) para um almoço de campanha do PSD para as eleições europeias. E nem o lombo de porco (uma tradição antiga em todas as campanhas) faltou na ementa.
O cabeça-de-lista já tinha alguns quilómetros de caminhada, depois de uma viagem de comboio entre Lisboa e Cascais, e uma ida às instalações da universidade nova no concelho de Cascais.
Mas o almoço em Bicesse foi o ponto alto de campanha desta segunda-feira. Paulo Rangel contou com o apoio de Passos Coelho ao almoço. E não foi pouco para seguir a linha de ataque do PSD ao Governo de António Costa nesta campanha.
O antigo líder do PSD acusou o atual executivo de recorrer a truques e ser ilusionista. Isto porque fez o discurso de que acabou com a austeridade e, segundo Passos, isso não será verdade. “Agora já não falam do enorme aumento de impostos do ministro Vítor Gaspar quando são eles os campeões da carga fiscal em Portugal”, atirou Passos contra Costa e também Mário Centeno.
Passos Coelho ainda sublinhou que o investimento no Serviço Nacional de Saúde é mais baixo do que no tempo do seu governo, quando não havia dinheiro.
Paulo Rangel agradeceu o apoio (aparentemente terá sido o líder do PSD a convidar Passos) para entrar na campanha.
O cabeça-de-lista do PSD voltou a enunciar as diferenças com o seu adversário Pedro Marques e o PS (como ser contra um exército europeu) mas acrescentou mais uma: “Nós não precisamos esconder os nossos antigos líderes e temos muito orgulho neles", afirmou Rangel a atirar à liderança de José Sócrates contra o PS, sem nunca o referir.