Manuela Ferreira Leite entra na campanha de Paulo Rangel

Depois de Passos foi a vez de Ferreira Leite. A ex-líder diz que o governo está a levar o país à desagregação.

O PSD contou ontem com o apoio de Manuela Ferreira Leite na campanha de Paulo Rangel às europeias. Ao nono dia da campanha eleitoral, a ex-ministra das Finanças e da Educação foi a segunda líder do PSD a participar em iniciativas do partido.

Um dia antes, na segunda-feira, foi a vez de Pedro Passos Coelho ter participado num almoço em Cascais.

Ontem, durante um almoço-comício em Ansião, a ex-presidente do PSD aproveitou para tecer críticas à falta de investimento público do Governo, considerando que esta é uma situação que está “à vista” e que está a “levar o país à desagregação” porque “o investimento que está a ser feito não chega”.

Acompanhada por aplausos dos sociais-democratas, Manuela Ferreira Leite disse ainda que a falta de investimento público do executivo de António Costa “é muito difícil escamotear e encobrir”. Também Passos Coelho, em Cascais, já tinha tecido várias críticas às medidas económico-financeiras que foram seguidas pelo Governo a quem acusou de recorrer a “truques de ilusionismo”.

A ex-líder social democrata alertou ainda que a acumulação de cargos de Mário Centeno como ministro das Finanças e como presidente do Eurogrupo é “um dos pontos mais frágeis e mais perigosos na política e no crescimento” do país. “Porque tudo aquilo que se passa no Eurogrupo, a que o nosso ministro das Finanças preside, significa que a política que está a ser seguida só tem motivos para ser reforçada”, frisou a ex-ministra das Finanças.

Apoio a “lista de luxo” Manuela Ferreira Leite entrou na sala ao lado do cabeça-de-lista Paulo Rangel e manifestou “grande apoio” à “lista de luxo” composta pelos candidatos do PSD ao Parlamento Europeu.

Retirada da vida há alguns anos, a ex-líder do partido admitiu sentir “alguma emoção” em participar numa iniciativa de campanha.

Num cenário além-fronteiras, Manuela Ferreira Leite alertou os portugueses a que “estejam atentos”, considerando que há “sintomas” de risco que o processo europeu pode “não continuar neste ritmo tão positivo”. Além disso, a ex-ministra alerta que outra preocupação é o possível reforço de posições extremistas no Parlamento Europeu.