O Sporting é o vencedor da edição 2018/19 da Taça de Portugal. Os leões superiorizaram-se ao FC Porto no desempate por grandes penalidades, depois do 2-2 registado no final do prolongamento, e conquistam assim a 17.ª Taça do seu palmarés – marcando também encontro com o Benfica para a Supertaça Cândido de Oliveira, na primeira partida oficial da próxima temporada.
A exemplo do que tem acontecido nos últimos anos, a final foi carregada de emoção, com uma primeira parte recheada de ocasiões de golo para os dois lados. Logo aos seis minutos, um mau alívio de Bruno Gaspar deixou a bola nos pés de Otávio, que no meio da área sportinguista disparou para enorme defesa de Renan; na resposta, Vaná opôs-se com dificuldade a um tiro de Bruno Fernandes, com Raphinha a atirar ao lado na jogada seguinte.
Aos 24 minutos, o primeiro lance com intervenção direta do VAR, o sistema de videoárbitro. Marega colocou o FC Porto em vantagem, mas o mesmo acabaria por ser anulado por fora de jogo. O árbitro Jorge Sousa acabaria por consultar novamente o VAR aos 41', após Tiquinho Soares cabecear para o golo, devido a uma dúvida sobre a legalidade do domínio de Herrera antes de o mexicano cruzar para o avançado; desta feita, porém, a decisão foi diferente: o lance foi validado e os dragões ficaram em vantagem. Um tento, refira-se, dedicado pelo conjunto portista a Iker Casillas, o grande ausente da final, ainda devido ao enfarte do miocárdio sofrido no passado dia 1.
Em cima do intervalo, todavia, o Sporting acabaria por chegar ao empate: após uma incursão pela esquerda do ataque, Acuña cruzou para Bruno Fernandes, que disparou da entrada da área. A bola seria desviada por Danilo, traindo o guardião brasileiro Vaná, no que foi o sétimo golo do médio na competição – marcou em todos os jogos – e o 33.º na temporada: um número verdadeiramente impressionante.
O segundo tempo foi ainda mais intenso, embora com menos oportunidades. Logo após o reatamento, Soares disparou ao poste da baliza defendida por Renan. Aos 78', e já depois de Wendel atirar ao lado após ultrapassar Pepe, o guarda-redes leonino emendou um enorme erro, defendendo um remate de Herrera depois de fazer um mau passe para Gudelj. Nos últimos minutos do tempo regulamentar, Renan viria a opor-se novamente a um tiro à queima-roupa de Brahimi, com Danilo a desviar para o poste um remate enrolado de Manafá.
Chegava o prolongamento – já depois de um lance em que Coates cortou um ataque do FC Porto com a mão, com os dragões a pedir a expulsão do central uruguaio -, e com ele veio o golo de Bas Dost, que havia sido lançado em jogo no decorrer do segundo tempo. O holandês aproveitou o falhanço de Felipe na interceção a cruzamento de Acuña e desviou de forma certeira para a baliza de Vaná.
Estavam decorridos 101 minutos, mas ainda havia mais para contar: aos 120', após livre lateral, o FC Porto conseguiria recolocar a partida em igualdade com um cabeceamento de Felipe, solto de marcação na pequena área leonina após primeiro toque de cabeça de Adrián López.
Nas grandes penalidades, Bas Dost falhou para o Sporting (Bruno Fernandes, Mathieu, Raphinha e Coates marcaram), com Pepe também a atirar à barra do lado do FC Porto (Soares, Danilo, Adrián e Hernâni transformaram em golo as respetivas conversões) na primeira ronda. Logo a abrir a segunda, Renan deteve o penálti de Fernando Andrade; no penálti decisivo, Luiz Phellype não tremeu e deu a Taça aos leões.