Apresentado na manhã desta quarta-feira aos jornalistas franceses, André Villas-Boas explicou a sua visão para o futuro do Marselha, com quem assinou na terça-feira para as próximas duas temporadas. Para já, a ideia é lutar por um dos três primeiros lugares na Ligue 1 – esta época o Marselha terminou em quinto, fora das posições que garantem o acesso às provas europeias.
"Precisamos de tempo para analisar e ver o que podemos alcançar. Com o orçamento que temos e seguindo as regras do fair-play financeiro, faremos o melhor. O objetivo é claro: terminar no pódio", frisou, prometendo alterações significativas no figurino da equipa: "Gosto de mudar tudo quando chego. É importante fazer mudanças, trazer frescura e é por isso que quero controlar tudo. Não sou um treinador defensivo e quero ter bola, respeitando o slogan do Marselha: direto ao golo".
Sem clube desde o fim de 2017, quando deixou o comando técnico dos chineses do Shanghai SIPG, André Villas-Boas revelou ter negociado com vários emblemas neste período, assumindo também que a chegada ao Marselha já podia ter acontecido há mais tempo. "É verdade que tive uma conversa com Vincent Labrune [ex-presidente do Marselha] em dezembro de 2013. A presença de Zubizarreta é importante e temos uma relação sólida há muitos anos. Falámos sobre tudo o que queremos para o Marselha e penso que podemos levar esta equipa ao topo. Convites? Falei com clubes mexicanos, alemães e franceses. A minha carreira faz-me muito feliz, mas tenho ideias e uma visão que mantenho sempre", salientou, deixando ainda uma revelação sobre um possível reforço para a equipa técnica: "Decidi também que o meu staff não é negociável, pois é um grupo de pessoas que têm toda a minha confiança, e Ricardo Carvalho poderá juntar-se a nós".