Quem será a próxima Miss Índia? Só se saberá no próximo dia 19 de junho, mas a “falta de diversidade” das finalistas tem sido debatida nas redes sociais. As fotografias das trinta concorrentes que estão a lutar pela coroa foram partilhadas numa edição do Times Of India e, desde aí, os utilizadores do Twitter divulgaram mensagens como “Isto é demasiado branco” ou “Adivinhem aquilo que está errado nas imagens”.
O concurso, que teve início em 1947, é acusado de privilegiar as mulheres que têm pele clara. A verdade é que a tonalidade da pele constitui uma obsessão para os indianos desde o domínio britânico, que teve a duração de 89 anos, fator realçado por um estudo da secção de Estudos Globais da Universidade de Washington. Há quem chegue a associar este vício por clarear a pele com a rígida estrutura social hindu de castas – pois esta última palavra que, em sânscrito, significa “varna”, em português pode ser traduzida para cor.
No Twitter, os utilizadores partilharam a sua revolta sem papas na língua. KamDev Baba explicou que as concorrentes são “Clones da Fair and Lovely”, uma marca de produtos cosméticos para clarear a pele que está no mercado indiano desde 1975. Já Nidhi afirmou que “os mesmos filtros foram usados em todas as mulheres para não deixar espaço para a diversidade nem inclusão”.
Sublinhe-se que a vencedora do Miss Índia representará o país no concurso Miss Mundo, que terá lugar em dezembro deste ano, na Tailândia.