Os antigos governantes catalães Carles Puigdemont e Toni Comín queixaram-se, esta quarta-feira, de terem sido impedidos de entrar no Parlamento Europeu (PE).
Puigdemont, antigo presidente do Executivo catalão, explicou pelo Twitter que o secretário-geral do PE deu instruções para que fosse impedida a entrada aos independentistas.
El secretari general del Parlament Europeu ha donat instruccions que ni @toni_comin, ni @junqueras ni jo puguem fer cap tràmit com a eurodiputats. Cap raó legal. Discriminació pura. Tots els altres electes han pogut fer els tràmits que a nosaltres ens han impedit. Vergonya! pic.twitter.com/xqwNWe2K0O
— Carles Puigdemont (@KRLS) May 29, 2019
Sublinhe-se que Puigdemont e Comín estão exilados em Bruxelas, para fugir à Justiça espanhola devido à sua participação no referendo pela independência da Catalunha, de 1 de outubro de 2017, que o Governo espanhol considerou ilegal. Não obstante, os catalães participaram nas listas às europeias e Puigdemont acabou mesmo por ser o candidato mais votado nas quatro províncias catalãs – Barcelona, Girona, Lérida e Tarragona, tendo obtido 28% dos votos.
Os eurodeputados catalães não tinham uma certidão emitida pelas suas respetivas comissões eleitorais, neste caso pela Junta Eleitoral de Madrid.
O Palácio da Moncloa considerou o Governo catalão e os seus antigos membros inelegíveis para as europeias, pois não estavam inscritos como cidadãos espanhóis a viver no estrangeiro.