No espaço de um ano e meio – 1 de janeiro de 2018 a 24 de maio de 2019 -, as autoridades portuguesas apreenderam 2990 telemóveis em 49 prisões nacionais, segundo dados da Direção-Geral dos Serviços Prisionais apurados pelo Correio da Manhã.
A maioria dos aparelhos encontrados são minitelemóveis utilizados para comunicar, no entanto, também foram encontrados alguns smartphones, que permitem aos reclusos aceder às redes sociais. A utilização de telemóveis é proibida por parte do Regulamento Geral de Prisões (DGSP).
As autoridades acreditam que os aparelhos são introduzidos nas prisões através de arremessos ou através de reclusos e funcionários que levam o instrumento consigo para dentro do establecimento. Existem diversos casos de telemóveis encontrados no corpo dos detidos, inclusive no ânus.
Outra das formas utilizadas para introduzir telemóveis é o uso de drones que sobrevoam as prisões e largam embrulhos dentro do estabelecimento prisional, algo sobre o qual a DGSP prefere não se pronunciar. Segundo o Correio da Manhã, esta medida é cada vez mais utilizada e já foram encontrados drones a sobrevoar alguns establecimentos prisionais como a cadeia de Custodias e de Vale de Judeus.
Na opinião da DGSP, o número de detenções mostra “proatividade dos guardas através de um trabalho diário e rotineiro”. Para combater a situação, a entidade já lançou um comunicado a diversas prisões para avisar os reclusos que podem vir a sofrer um aumento na sua pena, caso sejam apanhados com telemóveis.