O autossuspenso presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Joaquim Couto, referiu ter renunciado ao seu mandato autárquico “para que a justiça possa investigar e tudo seja claro e transparente”, mas disse “estar de consciência tranquila”, salientando ter também suspendido as suas funções no Conselho Metropolitano do Porto e também na Associação dos Municípios do Vale do Ave (AMAVE), da qual era dirigente desde há bastantes anos.
Joaquim Couto falou aos jornalistas à saída do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, de onde saiu com uma caução carcerária de 40 mil euros, confirmou ter renunciado ao seu mandato no Município de Santo Tirso e a todos os cargos que exercia por inerência.
“Por se tratarem de cargos políticos e para que não haja qualquer suspeita de interferência, suspendi todas as minhas funções, desde logo no segundo mandato que estava a exercer na Câmara Municipal de Santo Tirso, porque entendi que estava em causa a política e a atividade partidária”, disse Joaquim Couto, aos jornalistas sempre em jeito de declaração.
“Entendo que a justiça deve ser célere e se houver acusação eu estarei cá, obviamente, com a mesma tranquilidade com que estou hoje, porque eu estou de consciência e espero sinceramente que o tempo me dê razão”, acrescentou Joaquim Couto, um “dinossauro” do PS que já foi presidente da Associação Nacional dos Autarcas Socialistas e governador civil do Porto, estando até sábado, dois dias depois da sua detenção, na operação “Teia”, da PJ, a cumprir a sua segunda fase como presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso.