Scot Peterson, o ex-agente da polícia responsável pela segurança da escola secundária Marjory Stoneman em Parkland, foi detido esta terça-feira. A instituição de ensino, do estado da Flórida, foi palco de terror em novembro do ano passado: 17 pessoas foram assassinadas e outras 17 ficaram gravemente feridas.
Peterson é suspeito de negligência, negligência com dolo e violação dos seus deveres por ter permanecido do lado de fora da escola durante o ataque. Recorde-se que um antigo aluno invadiu a escola, armado com uma arma de fogo, e disparou vários tiros contra estudantes, professores e funcionários. Na época, Peterson foi suspenso das funções que exercia e acabou por se despedir antes do fim do inquérito.
Segundo as investigações, Scot Peterson não só não interveio como não verificou quem seria o autor dos disparos, tendo também ordenado as autoridades, que chegaram ao local, que mantivessem uma distância do prédio. “Não fez absolutamente nada para mitigar a situação de tiroteio ativo”, declarou, num comunicado, Rick Swearingen, investigador que liderou o inquérito.
A conduta passiva do ex-polícia pode ter feito toda a diferença no número de mortos. A justiça entende que Peterson deve responder pelos crimes pelos quais está acusado.
Contudo, outro agente da polícia também foi afastado por nada ter feito para minimizar as consequências do crime: o sargento Brian Miller, que chegou primeiro ao local, ouviu cerca de quatro tiros, mas escondeu-se atrás do carro e evitou a comunicação por rádio durante quase dez minutos. Foi despedido após o crime.