A Força Aérea Portuguesa levou a empresa Aires Cardoso a tribunal, acusando-a de cobrar em excesso bens alimentares com que fornecia as messes, no âmbito da investigação da Operação Zeus. Apesar disso voltou a contratá-la para o mesmo efeito, avançou o Público.
A fornecedora de bens alimentares, segundo a investigação, sobrefaturava a Força Aérea, cobrando montantes superiores à quantidade de produtos que entregava, dividindo o lucro com militares que também estavam envolvidos no esquema.
O caso foi levado a julgamento no início do ano, sendo que no dia 6 de fevereiro, segundo o mesmo jornal, a Aires Cardoso, sentada no banco dos réus há um mês, foi uma das empresas com quem o Estado Maior da Força Aérea assinou um contrato no valor de 9351 euros.
Sublinhe-se que antes da operação Zeus, a Aires Cardoso abastecia as bases da Ota, Montijo e ainda as instalações militares de Alverca, Lumiar, Alfragide, Monsanto e Figo Maduro.
Na acusação pode ler-se que “entre 2013 e 2017 [a empresa] emitiu faturas à Força Aérea no valor de pelo menos 630 mil euros”.