A Holanda será o adversário de Portugal na final da Liga das Nações, depois de ter vencido Inglaterra no prolongamento, nas meias-finais disputadas na noite desta quinta-feira. A seleção nacional chegará ao jogo de domingo com mais um dia de descanso e menos minutos jogados nas meias-finais, além do fator casa, mas nem por isso Rúben Dias coloca Portugal como favorito.
"Nada disso. Os factos nunca deixam de existir, mas têm de se provar sempre de novo. Por esse fator, acho que não existe qualquer tipo de favoritismo. Eles jogaram ontem, tiveram um prolongamento, mas são jogadores de alta competição que estão, tal como nós, habituados a fazer isso durante toda a época: a jogar de três em três dias e creio que isso não seja um fator muito determinante. Será um jogo muito competitivo entre duas grandes equipas e esperamos levar a nossa avante", salientou o central português, considerando o médio De Jong (já contratado pelo Barcelona) o elo mais forte da equipa: "Sabemos que é uma equipa forte. Beneficia do talento do De Jong no meio-campo. A tarefa será difícil, iniciaremos hoje a análise mais pormenorizada. Faremos de tudo para parar o De Jong e a equipa. Van Dijk? É um dos melhores do mundo, sem dúvida alguma. Os factos também o dizem. Enorme talento, enorme época. Ele e o colega do lado [De Ligt] têm muita qualidade".
Confirmada a indisponibilidade de Pepe, que fraturou a omoplata direita no jogo com a Suíça, tudo indica que será José Fonte a fazer dupla com Rúben Dias no eixo da defesa. Para o central do Benfica, tal não significará de todo uma novidade e muito menos um fator de fragilidade. "Não foi a primeira vez que joguei ao lado do José Fonte, contra a Itália também estive ao lado dele. Está mais do que provado que funcionamos bem", ressalvou o jogador de 22 anos, abordando também a exibição de Cristiano Ronaldo, autor de um hat-trick frente aos suíços: "O Cristiano precisa de uma equipa a suportá-lo. Vemo-lo como sempre vimos, como o melhor jogador do mundo, não há dúvidas em relação a isso. Tentámos tirar o melhor dele. Todos temos de estar virados para o mesmo objetivo".
Elogiando o público presente no Dragão, nas meias-finais, e pedindo o mesmo apoio para a final, Rúben Dias abordou desta forma o facto de Portugal voltar a jogar uma decisão em casa, 15 anos depois do desaire no Euro 2004 – tinha ele oito anos. "Todos sabemos o que se passou. Já passou muito tempo e há novas coisas. Temos uma oportunidade de ganhar em casa e queremos agarrá-la", frisou.
Questionado ainda por um jornalista inglês sobre a possibilidade de poder atuar na Premier League na próxima temporada, o central do Benfica foi… prudente na resposta. "Para já vão ver-me na final da Liga das Nações. Tudo o resto, o que vier a seguir, não é para se falar agora", sentenciou.