O antigo ministro e ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos (CGD) pediu para não ir à comissão parlamentar de inquérito da CGD. Segundo avança esta sexta-feira o Observador, o antigo administrador alega que, como está preso, não se consegue preparar para a audição.
No documento, enviado à comissão pelo seu advogado, Vara lembra que como está preso está impossibilitado de aceder “a qualquer tipo de informação desde há cinco meses e que inviabiliza, objetivamente, a necessária preparação sobre os assuntos que possam estar em causa na sua inquirição”. Além disso, refere ainda que o seu cliente sofrerá a “óbvia penosidade, quer física, quer emocional, que a sua deslocação ao Parlamento acarretará”.
No entanto, caso os deputados entendam que “é imprescindível a sua colaboração para o esclarecimento de alguma questão em concreto, o requerente não excluí a hipótese de o prestar”, mas deixa um pedido: as matérias abordadas deverão ser previamente comunicadas “a fim de poder, não só verificar a possibilidade de prestar colaboração, mas também habilitar-se com os elementos necessários, para que a sua colaboração seja profícua”.
O ex-ministro sustenta ainda que já falou sobre esta matéria em 2017 e que foram prestados “todos os esclarecimentos que lhe foram solicitados”.
“Acresce, por fim, que, pese embora o requerente não goze da prerrogativa de depor por escrito, atenta a sua situação, solicita-se à Comissão Parlamentar de Inquérito que, caso seja considerada a imprescindibilidade do seu depoimento, o autorize a depor, pelo menos em primeiro lugar, por escrito”, pode ler-se no documento, citado pelo Observador.
A audição de Vara está marcada para a próxima sexta-feira. O pedido de escusa está a ser analisado pelos deputados da comissão.