Vasco Cordeiro, líder do executivo açoriano, propôs um "contrato de cidadania", no qual “o cidadão comprometido com a vivência política da sua comunidade” seja recompensado em benefícios estatais.
"Ao invés da abordagem mais comum à situação de não participação, e que se pauta, por uma sanção nos casos de países que têm sistemas de voto obrigatório, o modelo a que nos referimos passa por uma valorização dos cidadãos que tenham um histórico de participação", defendeu o socialista durante as celebrações do Dia da Região Autónoma dos Açores, que este ano também calhou no dia Dia de Portugal.
Vasco Cordeiro, que não escondeu que esta proposta tem como objectivo "suscitar debate", acrescentou que esta valorização poderá "acontecer nas mais variadas componentes da intervenção do Estado ou dos serviços que o mesmo presta, desde a área fiscal à área social”.
“É uma solução que não retira nada a ninguém, mas acrescenta a quem participa, quem contribui pelo seu voto para a vida da comunidade política em que se insere”, disse. “O não exercício do voto" nunca seria sancionado, sublinhou.