O secretário-geral do Sindicato Nacional do Trabalhadores de Correios e Telecomunicações (SNTCT) avançou esta quarta-feira que os trabalhadores dos CTT vão fazer uma greve geral marcada para dia 5 de julho.
Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral Victor Narciso afirmou que a situação que os trabalhadores dos correios passam atualmente é “muito grave” e como tal, o SNTCT decidiu avançar com um protesto.
Uma das principais reivindicações dos trabalhadores destacadas por Victor Narciso é a contratação urgente de pessoal porque neste momento “os trabalhadores das distribuições estão a fazer dobras (o dobro do trabalho)”. O dirigente disse à Lusa que muitos dos trabalhadores dos correios se encontram de baixa médica de natureza psiquiátrica devido ao excesso de trabalho e da pressão que lhes é submetida.
Outra dos motivos que levou à marcação da greve geral é o encerramento de estações de correios. Segundo o presidente do SNTCT, o posto dos correios da freguesia da Venda Nova na Amadora será o próximo a encerrar e adianta que “ainda vão fechar mais”.
O SNTCT entregou hoje na Assembleia da República uma petição, que conta com 5 200 assinaturas, que reivindica que a profissão de carteiros seja considerada de desgaste rápido.
Victor Narciso defende que “é de facto uma profissão com muita penosidade associada” e que os carteiros estão sujeitos “a um grande grau de sinistralidade”.