O piloto internacional bracarense José Correia afinal não irá participar no 50º Circuito de Vila Real, a disputar no primeiro fim de semana de julho, não por causa da organização desta competição, mas por factos ocorridos na anterior prova do Campeonato de Portugal de Velocidade, disputado no Circuito Vasco de Sameiro, em Palmeira, concelho de Braga.
A posição de José Correia, que deverá ser acompanhada por outros pilotos, ocorre quando a Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK) está a impulsionar um novo conceito aberto de velocidade, juntando várias categorias, de modo a recuperar os tempos em que havia muita participação de corredores, assistindo-se nos últimos anos um número mais reduzido dos competidores e de menor público, apesar do preço baixo dos bilhetes.
Fontes próximas de José Correia revelaram que o piloto estará bastante desagradado pela forma como decorreram as corridas, em Braga, tendo outros pilotos também insatisfeitos com a mesma jornada bracarense manifestado já a sua disposição em acompanhar no seu protesto, José Correia, o líder da JC Group Racing Team, não só em solidariedade com o carismático atleta, como por também se sentirem desagradados com diversas ocorrências.
Apesar de nenhum dos vários pilotos ter revelado os casos concretos, o Sol sabe que José Correia, em Braga, iniciou uma corrida nas boxes, não na pista, ao contrário dos outros concorrentes, alegadamente porque o sinal encarnado caiu repentinamente, vendo-se logo prejudicado no seu desempenho, mas acabando, no entanto, por vencer a corrida seguinte, de modo a demonstrar que caso não tivesse sido prejudicado, poderia ter ganho a anterior.
Há outros casos, como o de um piloto que alega ter ficado o seu automóvel danificado no momento em que foi retirado da pista, onde sofreu em pequeno despiste, mas sabe-se que um conjunto acumulado de situações poderão levar muitos outros consagrados pilotos a dizer não, em relação às futuras provas do Campeonato Nacional de Velocidade e não só, o que, confirmando-se como uma medida a tomar em bloco, será comunicada à Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), havendo para já movimentações a nível de diversos pilotos de Braga e de outras zonas do Norte, para formalizarem os protestos.
No Autódromo do Estoril, jornada anterior à de Braga, também foram reportadas alegadas irregularidades, imputadas à própria organização, que terão prejudicado mais do que um piloto e levaram já a protestos, inclusivamente até a recursos hierárquicos junto da FPAK.
A questão de fundo terá a ver com supostas deficiências organizativas, embora estejamos longe de situações como as que se viveram em Braga, no Troféu C1 Learn & Drive, em que a cronometragem oficial da prova à passagem da meia hora de corrida, quando iniciou as primeiras paragens nas boxes baralhou logo as classificações de todos os concorrentes.