Lisboa continua a ser a cidade preferida dos carteiristas. A prova está no facto de as freguesias de Santa Maria Maior, Misericórdia, Santo António e São Vicente – todas elas pertencentes à zona da Baixa de Lisboa – fazerem parte da lista dos locais onde se registam mais furtos praticados por carteiristas e onde foram detidas mais pessoas por este tipo de crime.
Os números falam por si: segundo dados da PSP, no final do ano passado o Porto registava apenas 10% do total de furtos por carteiristas.
Além disso, desde o início de 2018 até abril deste ano, a PSP deteve 358 carteiristas em Lisboa – só este ano, na capital, foram detidos 85 carteiristas, revelou o Correio da Manhã.
Entre os fatores de risco está o turismo.
Em Lisboa, o número de turistas é elevado e, consequentemente, o número de roubos de carteiristas também aumenta.
Os sítios preferidos dos carteiristas são precisamente os locais onde estão concentrados mais visitantes estrangeiros.
Para combater este problema, a GNR decidiu lançar uma ação de sensibilização: durante esta semana, a autoridade reforçou o policiamento das zonas mais movimentadas e deixou vários conselhos a turistas para estes se protegerem.
Em comunicado, a autoridade revelou que o objetivo desta ação é «reforçar a corresponsabilização de todos os parceiros nacionais e locais ligados ao setor do turismo, na promoção da segurança e na proteção dos direitos de todos os turistas».
«Usar roupa que tenha bolsos interiores com fecho, de forma a dificultar o furto por carteiristas», «evitar andar sozinho em zonas desertas e em horas de menor afluência de pessoas» e «não ter todo o dinheiro, telemóvel e cartões num só sítio» são algumas das indicações da GNR «para prevenir os potenciais riscos e perigos da criminalidade associada ao turismo».
Além disso, a PSP também decidiu deixar alguns conselhos aos lisboneses que decidam ir até às festas de Lisboa neste mês de junho – dos santos populares mas não só. «Os arraiais muito apertados são locais onde as carteiras, telemóveis e outros objetos mais facilmente se desencaminham», revela a PSP. Que deixa a recomendação: «Aconselhamos que leve dinheiro, a carta de condução e o cartão de cidadão nos bolsos da frente e deixe a carteira e a mala em casa».
Em Portugal, os carteiristas preferem a via pública, edifícios e, só depois, os transportes públicos – este foi o perfil geral traçado pela PSP.
Para além das carteiras – e respetiva documentação e dinheiro –, os telemóveis, as câmaras fotográficas e os óculos de sol são os objetos mais cobiçados.
*com Tatiana Costa