Francesco Totti decidiu abandonar o cargo de diretor-técnico da Roma, o clube onde passou as últimas 30 temporadas (28 como jogador). Em conferência de imprensa realizada esta segunda-feira, o antigo internacional italiano justificou a decisão com o facto de nunca se ter sentido parte ativa das planificações dos romanos para o plantel principal.
"Apresentei a minha demissão. Esperava que este dia nunca chegasse, mas infelizmente aconteceu. Pensei muito sobre o assunto, mas acho que é a decisão acertada. Nunca me deram a oportunidade operacional que desejava para ajudar o clube, nem me senti alguma vez verdadeiramente envolvido", declarou Totti, deixando ainda assim palavras de agradecimento ao presidente do clube, o norte-americano Jim Pallotta.
De acordo com a imprensa italiana, a gota de água para Totti terá sido a contratação do técnico português Paulo Fonseca, uma vez que o negócio terá sido conduzido por Franco Baldini, consultor do presidente, sem levar em consideração a opinião do antigo internacional italiano.
A direção do clube romano, entretanto, já reagiu às palavras de Totti, a quem faz uma acusação clara. "A AS Roma está extremamente desiludida com a decisão de Francesco Totti. Oferecemos-lhe o cargo de diretor-desportivo, após a saída de Monchi (2017), e estivemos até agora a aguardar uma resposta. Estávamos preparados para ser pacientes e ajudar o Francesco nesta transição. Entendemos que a decisão de sair do clube após 30 anos deve ser dura para o Francesco, mas acreditamos que a sua perceção dos factos e as decisões que tomou no clube são fantasiosas e desfasadas da realidade", pode ler-se no comunicado emitido pela direção da Roma.