A versão final do relatório da comissão de inquérito ao furto de Tancos, que foi apresentada esta terça-feira no Parlamento, adianta que "não ficou provado" que tenha existido qualquer interferência política na ação do Exército ou na atividade da Polícia Judiciária Militar (PJM).
Em maio, quando foi apresentada a versão inicial do mesmo relatório a expressão que se lia era ligeiramente diferente. A comissão de inquérito revelava que em “nenhum momento se verificou qualquer interferência política na ação do Exército ou na atividade da PJM".
Ora, no documento apresentado hoje, o parágrafo em causa foi alterado para acrescentar que "não ficou provado" que "em algum momento se tenha verificado qualquer interferência política" na ação do Exército ou na atividade da PJM, cita o Jornal de Notícias.
O deputado socialista Ricardo Bexiga, que apresentou a nova versão, sublinhou que o documento “não é do relator”, mas sim da comissão de inquérito, o parlamentar acrescentou ainda que recebeu 151 propostas de alteração, das quais 52 do PSD, 42 do CDS-PP, 26 do BE e 31 do PCP, tendo aceitado incorporar 98 das 151 propostas.