O líder do exército etíope, o general Seare Mekonnen, foi morto este domingo pelos seus próprios guarda-costas em Addis Ababa, enquanto coordenava a resposta à tentativa de golpe de Estado que matou o governador do estado de Amara – Ambachew Mekonnen. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro Abiy Ahmed, que garantiu que apesar dos assassinatos o golpe falhou.
O Governo acusa o responsável pela segurança de Amara, o brigadeiro-general Asaminew Tsige, de ser o cérebro por detrás do golpe. Tsige foi libertado no ano passado, após nove anos de prisão também por planear um golpe de Estado. Segundo a Reuters, ainda este mês apelou à população para que pegasse nas armas.
Os amaras são o segundo maior grupo étnico do país e têm um conflito histórico com os oromo, a etnia mais numerosa da Etiópia – da qual faz parte o primeiro-ministro. Abiy foi o primeiro governante dos oromo e chegou ao poder em 2018, após protestos contra a discriminação económica e política desta etnia. O novo Governo libertou prisioneiros políticos, desbloqueou sites censurados e pôs fim à guerra com a Eritreia – o que não agradou aos militares de linha dura.