Trabalhadores do CDOS pedem carreira especial

Operadores das salas de emergência solicitaram esta terça-feira reunião urgente com José Artur Neves, secretário de Estado da Proteção Civil 

Os trabalhadores do Centro Nacional e dos Centros Distritais de Operações de Socorro de todo o país, decidiram solicitar uma reunião de emergência, com o secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, devido a constrangimentos que referem sofrer, com o impasse da sua carreira, havendo profissionais com mais de 30 anos de serviço, pedindo a classificação de “carreira especial e um horário de trabalho correspondente às funções”.

Reunidos em Palmela, com a Associação Nacional e o Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais, os trabalhadores das salas de gestão de emergências, todos da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, “exigem clarificação de horário e de carreiras”.

A reunião, realizada na Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Palmela, discutiu “o impasse da decisão do Governo em relação ao futuro profissional destes elementos já com mais de 30 anos em funções”, porque “falta definir-nos como carreira especial, atribuindo horário de trabalho correspondente às funções que desempenhamos”.

“A urgência da definição da carreira desta classe é de fulcral importância, tendo em conta o nosso papel fundamental no âmbito do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIR)”, segundo referiram ao i aqueles mesmos profissionais, representados pelas duas referidas estruturas associativas e sindicais dos bombeiros profissionais.

Segundo ambas as estruturas, a associação e o sindicato nacionais, “estes trabalhadores constituem um pilar fundamental da prestação de socorro uma vez que asseguram as comunicações de socorro, são eles que recebem todas as chamadas de emergência, as acionam e gerem os meios de socorro”.

“Numa altura em que os muitos relatórios sobre incêndios apontam para uma falha nas comunicações móveis, é absolutamente necessário ampliar esta preocupação às Salas de Gestão de Emergência onde operam estes profissionais, garantindo-lhes formação e um horário de trabalho conforme às funções que desempenham”, destacam as estruturas que os enquadram, exigindo “um horário de trabalho, que possa contemplar um período de 12 horas e que corresponda ao desgaste e à prontidão destes profissionais”.

Por isso foi esta terça-feira decidido solicitar uma reunião, com carácter urgente, ao secretário de Estado da Proteção Civil, exigir a clarificação da carreira, considerando-a como carreira especial e integrada na função pública, exigir o fim da precariedade que tem dominado a vida profissional destes elementos”, bem como “a definição de um horário de trabalho uniforme praticável em todos os Centros Distritais de Operações de Socorro (CDOS) e correspondente à especificidade das suas funções”.

Aqueles profissionais também “exigem “formação especializada e certificada”, pugnando para que “as substituições de pessoas em baixa ou em dispensa sejam asseguradas por operadores de CDOS certificados, e não por outros que não disponham de formação prévia para o exercício da função”.