Para além de dois apartamentos, na Lapa e na Avenida Infante Santo, no valor de 4 milhões de euros, o Tribunal de Lisboa arrestou também 500 milhões de euros em contas, ações, fundos e títulos ao conhecido empresário e colecionador de arte.
Se na quinta-feira se sabia das habitações, agora a apreensão judicial ganhou outros contornos. A notícia foi avançada pela SIC e sublinhe-se que os bens estavam registados em nome da ATRAM, uma sociedade imobiliária detida por Joe Berardo. O motivo? Pagar parte da dívida deste à Caixa Geral de Depósitos. Contudo, importa referir que o investidor de risco e especulador tem uma dívida fixada nos 450 milhões de euros, ou seja, 4 milhões e 500 mil euros – valor dos bens arrestados – fazem pouca diferença.
O Tribunal de Lisboa utilizou um mecanismo raro em território lusitano, isto é, aquele que permite à justiça arrestar bens detidos por uma pessoa coletiva caso se acredite que estes pertencem a um indivíduo. Recorde-se que, na Assembleia da República, Berardo adiantou que não tinha qualquer obrigação de saldar as suas dívidas.
No total, Berardo deve 962 milhões de euros à CGD, ao BCP e ao Novo Banco.