Pedro Sanchéz, primeiro-ministro espanhol em funções, pedirá a confiança do Congresso, ou seja, iniciará o processo da investidura, para assumir a presidência do Governo no dia 22 de julho. O anúncio foi feito pela presidente da câmara baixa, Meritxell Batet. No dia seguinte, após o debate do dia anterior, Sanchéz irá a votação.
O secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) necessita do apoio de pelo menos 176 parlamentares – a maioria absoluta – para assumir o Governo, um cenário pouco provável tendo em conta os desenvolvimentos das últimas semanas.
Caso Sanchéz consiga apenas uma maioria simples (mais votos a favor do que contra), o Congresso vai de novo a votos. Se falhar de novo o objetivo de 176 apoios, o país vizinho terá novas eleições legislativas.
O primeiro-ministro em funções quer voltar a negociar com todos os grupos parlamentares, à exceção do VOX e do EH Bildu. O apoio do Podemos, partido de esquerda, é essencial na artimética parlamentar para Sanchéz ter os apoios suficientes para se tornar novamente líder do Executivo. No entanto, o PSOE e o Podemos, ficam aquém da maioria absoluta, angariando apenas 165 deputados (123 do PSOE e 42 do Podemos).
O PSOE tem tentado obter o apoio do Ciudadanos, o partido liberal, mas depois das sucessivas conversações de Sanchéz com Albert Rivera, líder do Ciudadanos, Rivera já mostrou a sua indisponibilidade e afirmou que não aceita reunir-se novamente com o líder do PSOE.