Já foram executados os títulos da Associação Coleção Berardo (ACB), proprietária das obras de arte cedidas ao Estado, que tinham sido dados como garantia aos bancos na concessão de créditos para compra de ações, de valor superior a 900 milhões de euros.
“Os títulos da Associação Coleção Berardo já foram executados. Passaram de penhor para penhora, estando, neste momento, a decorrer o prazo para os devedores contestarem”, confirmou fonte próxima ao empresário ao Jornal Económico.
A penhora dos títulos é assim acionada cerca de dois meses depois da ação executiva da CGD, BCP e Novo Banco sobre 100% dos títulos de participação dados como garantia dos créditos.
O processo está fase de contestação, sendo que Joe Berardo pediu um prazo adicional de 30 dias para contestar a penhora da totalidade dos títulos da ACB, que termina a 23 de setembro, avança o mesmo jornal.
No processo, além do empresário, são também visadas três entidades ligadas a Berardo. A Metalgest, a Fundação José Berardo e ainda a Moagens Associadas, tendo já sido citadas no início de junho.
O tribunal requereu também à ACB e aos bancos o inventário das obras, com o objetivo de determinar os montantes que estão neste momento garantidos para pagar as dívidas de Berardo.